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Mercado RS

Mercado gaúcho fecha junho estável, mas tem crescimento de 13,9% no ano

Expectativa do mercado ficou concentrada nas vendas de automóveis com valor até 120 mil reais que contam com incentivos do governo federal

O mercado gaúcho registrou 13.976 veículos comercializados, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários. Na comparação com o mês anterior, quando foram emplacadas 14.020 unidades, o setor apresentou queda de 0,31. Na comparação com junho de 2022 houve uma alta de 14,40% (12.219 unidades). No acumulado do ano, as vendas chegam a 75.427 unidades, 13,94% de crescimento se comparado a igual período de 2022.

A expectativa do mercado ficou concentrada nas vendas de automóveis com valor até 120 mil reais e que tinham previsão de incentivo pela Medida Provisória do governo para a aquisição de veículos novos. “Vale lembrar que, os modelos de até 120 mil reais representam uma fatia de aproximadamente 25% das vendas de autos e comerciais leves quando consideramos, apenas, consumidores pessoas físicas. Os descontos de dois a oito mil reais, ofertados através do pacote do governo, produziram um importante incremento nesse segmento, beneficiando, diretamente, a população de menor poder aquisitivo e que encontra, também, dificuldades de acesso ao crédito amplo e de menor custo”, comenta Paulo Siqueira, presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS.

“Embora as limitações orçamentárias da Medida Provisória, que respeitaram a legislação de responsabilidade fiscal, entendemos que o direcionamento exclusivo para as pessoas físicas, em um primeiro momento, foi uma forma democrática de distribuição do incentivo comercial. A população reconheceu a validade da medida gerando um excepcional movimento de vendas nesse mês de junho.”, complementa o executivo.

Automóveis e comerciais leves

O resultado contabilizado pelas entidades representativas do setor apresentou vendas de 9.364 automóveis e comerciais leves, um volume 4,09% maior que no mês de maio, e 29,89% superior ao resultado de junho de 2022 quando foram negociados 7.213 unidades. No acumulado de 2023, os emplacamentos somaram 47.852 autos e comerciais leves, número 20,48% maior.

“Os dados contabilizados pelo setor de autos e comerciais leves se referem a todos os modelos, incluindo os que não estão inseridos no limite de valor do pacote. Se avaliarmos somente os emplacamentos que se beneficiaram do decreto, a iniciativa promoveu crescimento de 8% no setor. Um dado importante, foi a performance do Rio Grande do Sul, apresentando um crescimento proporcional maior do que a média brasileira. Isso porque o direcionamento dos descontos para as pessoas físicas teve maior efeito no nosso Estado, uma vez que, aqui, não há um volume acentuado de licenciamentos para pessoas jurídicas””. acrescenta Siqueira.

Comparações mês e ano

Quando avaliamos junho em relação a maio, o setor automotivo mostra números negativos. Tiveram queda em relação ao mês anterior: comerciais leves com queda de 31,38%, caminhões com queda de 4,66%, ônibus com queda de 50,72%, motos com retração de 5,88% e implementos rodoviários com queda de 19,09%. No acumulado do ano, porém, os números são positivos, salvo o setor de caminhões que acumula queda de 16,71%. Autos e comerciais leves somam no acumulado 20,48% de crescimento, ônibus, 28,73 positivo, motos 4,74, e implementos rodoviários 37,32% de alta se comparado ao ano de 2022.

“Existe uma forte preocupação com o setor de pesados, como importante termômetro do desenvolvimento econômico, é um segmento que depende significativamente de créditos governamentais e não conseguiu se beneficiar, efetivamente, do pacote como foi estabelecido pelo governo. As novas tecnologias de adequação aos modelos com motorização EURO 6, encareceram significativamente o valor dos caminhões, a falta de crédito e as taxas de inadimplência, agravam a situação”, acrescenta o presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS.

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