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Tecnologia híbrida plug-in gasolina e etanol em testes para produção nacional
A tecnologia híbrida plug-in-flex, uma rota tecnológica ainda não presente no Brasil, faz parte dos planos de investimento da Toyota para os próximos 5 anos
Querer que o mercado automotivo brasileiro se torne elétrico do dia para a noite não é o melhor dos mundos para o Brasil. Essa afirmação relaciona diversos fatores, entre eles, a transformação fabril, dos colaboradores, da estrutura de carregamento e também dos custos de aquisição.
Enquanto algumas marcas insistem em querer mudar a chave, saindo dos motores de combustão e partindo para a mobilidade totalmente elétrica, do dia para a noite, o Brasil, país de extensão continental, merece uma transição mais racional, e principalmente, adequada ao seu potencial natural de aproveitar o etanol como energia.
Depois da Stellantis, que já demonstrou que vai trazer a eletrificação de forma evolutiva em seus modelos já a partir do próximo ano, a Toyota é outra marca que inicia testes internos utilizando o etanol em conjunto com a tecnologia híbrida plug-in e que, neste primeiro estágio, os estudos se mostram promissores.
A iniciativa reforça o pioneirismo da marca no desenvolvimento de novas rotas tecnológicas rumo à neutralidade de carbono, enquanto também aumenta o uso de componentes brasileiros nos modelos híbridos.
A montadora ressalta que esses testes estão alinhados com os planos de investimento em avaliação para o próximo ciclo e a uma possível futura produção nacional de veículos PHEV-FFV (híbridos plug-in flex fuel).
O modelo utilizado nesses testes internos é um híbrido plug-in (PHEV), e está sendo estudado no laboratório da Toyota do Brasil.
Sua base é um sistema “híbrido full”, similar ao utilizado no Corolla Sedã e Corolla Cross, que tem uma pequena bateria elétrica e um motor elétrico de maior potência, gerando uma eficiência energética em torno de 70% maior quando comparado com modelos movidos somente a combustão.
“Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO₂ gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
“A indústria vem olhando cada vez com mais atenção aos benefícios do uso do etanol, o que é muito positivo, ainda mais quando combinado com a eletrificação”.
“E por isso, é de extrema importância que ressaltemos o contínuo adensamento da cadeia produtiva como parte integral do nosso compromisso. Ao fortalecermos a produção local de componentes, estamos não apenas impulsionando a inovação e a qualidade, mas também contribuindo para a sustentabilidade, o crescimento e a autonomia da indústria automotiva brasileira”, afirma Rafael.
Globalmente, a Toyota acredita que a melhor tecnologia em eletrificação seja aquela que se encaixa perfeitamente na infraestrutura existente em seus diversos mercados de atuação, sem deixar de considerar a matriz energética do País como ponto crucial para essa virada de chave da indústria como um todo, em busca da efetiva descarbonização.
Dentro deste contexto, após a consolidação do híbrido flex, a companhia defende que a inclusão de outras tecnologias também contribui com o processo de eletrificação de seu portfólio no Brasil e na região.
E, no mercado brasileiro, o etanol é parte fundamental para que a eletrificação avance, de fato, com ganhos reais em baixas emissões de CO₂, considerando que a infraestrutura existe e sem impactar os hábitos de uso dos consumidores.
“Fomos os primeiros a defender os híbridos e híbridos flex como peças fundamentais, em nosso contexto atual, para começarmos a reduzir emissões de CO₂ imediatamente, pois são soluções práticas, acessíveis e que não dependem de infraestruturas importantes. O híbrido plug-in flex combina o melhor de dois mundos: elétrico com zero emissões para viagens urbanas diárias e combustão com baixas emissões para longas distâncias. Além disso, ainda estamos contribuindo com a pesquisa do uso de hidrogênio a partir de etanol para carros de passageiros no Brasil”, completa Rafael Chang.
“É importante ressaltar que esses testes estão alinhados com nossos planos de futura produção nacional de veículos PHEV-FFV (híbridos plug-in flex fuel), reforçando nosso compromisso com a inovação e o crescimento sustentável da indústria nacional, e que se traduz em geração de empregos e benefícios para a economia”, adianta o presidente.
Recentemente, a Toyota celebrou dez anos da introdução de seu primeiro veículo híbrido no mercado brasileiro. O Prius, lançado por aqui em 2013, colaborou para a popularização de uma tecnologia até então desconhecida no País.
Seguindo uma trajetória de pioneirismo e evolução no desenvolvimento de novas tecnologias, a fabricante também foi a primeira a lançar, em 2019, o sistema híbrido, que combina três motores, dois elétricos e um a combustão com tecnologia flex, apresentado oficialmente no Corolla sedã, e que também equipa o SUV Corolla Cross, lançado em 2021.
Tarcisio Dias – Profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista. Desenvolve o site Mecânica Online® (mecanicaonline.com.br) e sua exclusiva área de cursos sobre mecânica na internet (cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.
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