24 anos após a morte de Ayrton Senna, Brasil segue órfão de talentos na Fórmula 1

Em mais um aniversário do falecimento de Senna neste 1º de maio de 2018, uma reflexão sobre os rumos que o automobilismo brasileiro tomou em relação às safras de pilotos nacionais na F-1
Leticia Senna
Hoje, dia 1º de maio de 2018, completam-se 24 anos da morte de Ayrton Senna. Naquele feriado do Dia do Trabalho de 1994, o Brasil perdia um de seus maiores ídolos no esporte nacional.
Citado até a atualidade como o maior piloto que a Fórmula 1 já viu, o paulistano, então com 34 anos, deixou a vida para entrar na história na curva Tamburello do circuito de Ímola, na sétima volta do GP de San Marino.
Naquele momento, deixou órfão um país que via nele um Brasil que tinha jeito e que poderia dar certo.
Mais de duas décadas depois do passamento do ídolo, qual o legado dele no esporte a motor brasileiro, especialmente na F-1?

Ayrton Senna guiando a McLaren em 1992, quando ele já era tricampeão. Foto: Divulgação
Sucessores de Ayrton Senna na F-1 não conquistaram títulos
Rubens Barrichello era considerado pelo próprio Senna seu sucessor. Rubinho foi para a Ferrari em 2000. Lá, se caracterizou por ser o segundo piloto, sempre a serviço do então destaque da escuderia do cavalinho, o alemão Michael Schumacher, que depois se tornou heptacampeão mundial.
Em 2006, a vez foi de Felipe Massa ingressar na equipe italiana. Massa teve chances efetivas de título apenas em 2008, quando acabou perdendo o campeonato na última volta do GP do Brasil para o britânico Lewis Hamilton, então na McLaren.
O sobrinho de Ayrton, Bruno Senna, se aventurou pela F-1 de 2010 a 2012 em equipes pequenas. Sem o mesmo carisma do tio e sem condições de provar algum talento em escuderias nanicas e com orçamentos baixos, não alinhou mais na categoria a partir de 2013.

Com exceção do sobrinho Bruno (E), Barrichello e Massa tiveram carreiras longevas na F-1, mas sem títulos. Foto: Divulgação
A Fórmula 1 nunca mais foi a mesma para o Brasil sem Ayrton Senna. E a temporada 2018 prova isso: pela primeira vez, em 48 anos, o País não tem um piloto sequer no grid de largada da categoria.
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